segunda-feira, 4 de abril de 2016

Os principais aspectos de se ensinar e aprender Lógica, Filosofia da Linguagem e Ontologia no Ensino Médio

Os principais aspectos de se ensinar e aprender Lógica, Filosofia da Linguagem e Ontologia no Ensino Médio 
                                            Pensa! O pensamento tem poder. Mas não adianta só pensar. Você também tem que dizer! Diz! Porque as palavras têm poder. Mas não adianta só falar. Você também tem que fazer! Faz! Porque você só vai saber se o final vai ser feliz depois que tudo acontecer. E depois a gente pensa. E depois a gente diz. E depois a gente faz... o que tiver que fazer! O que tiver que fazer!
              O pensar, constitui o princípio da ação da ação do ser humano, Não há nada o que fazer sem o pensar e sem deixar-se guiar pela compreensão do lugar humano no mundo. Ensinar lógica constitui uma tarefa filosófica que exige engajamento do estudante e do educador. A aventura possibilita alçar voos grandiosos permitindo o exercício do pensamento sistemático, oportunizando ao jovem a argumentação consistente e incitando-os a agir na realidade com mais precisão e impacto no real.
               Deste modo, vimos que o pensar, o dizer e o fazer é constitutivo de toda ação dialógica a que nos propomos com a filosofia. Trazer a lógica para o cotidiano da vida do educando permitirá ao educador destituir-lhes da ideia falsa de “falta de rigor” e de ausência “sofisticação cognitiva” do processo argumentativo necessário aos jovens para elaborarem hipóteses, refutarem argumentos e buscar compreensões sobre os elementos reflexivos extraídos da realidade cotidiana, contribuindo para que o estudante “compreenda os aspetos cognitivos centrais da língua portuguesa”. 
                      O professor Desiderio Mucho afirma ser necessário, ainda que de modo elementar, o contato do estudante com a filosofia permitindo que os mesmos superam visões preconcebidas acerca da cultura geral. E ainda orienta sobre o objetivo do ensino de filosofia, que deve: 
                      (...) incluir a compreensão do pensamento dos filósofos e a competência para pensar filosoficamente e não apenas a descrição superficial, jornalística, das ideias dos filósofos, a lógica desempenha um papel crucial precisamente porque dá os alunos  instrumentos críticos que lhe permitem discutir filosofia com rigor (MURCHO, 2015, p.2). 
                     Rousseau no Ensaio sobre a origem das línguas, argumenta que é a palavra que diferencia os homens dos animais, distingue as nações entre si, e revela e confere a existencialidade do homem. Aristóteles expressa na obra Política que “o homem possui a palavra (logos), podendo exprimir valores que constituirá a vida social por meio da política. O desenvolvimento do ensino dos conteúdos de lógica possibilitará aos estudantes compreensão acerca dos conceitos a serem estudados por meio de conhecimentos linguísticos que, se utilizados poderá determinar a validade de argumentos e formas argumentativas de raciocínio a partir das premissas e conclusões auferidas no processo de linguagem. Tal tarefa é na lógica que se reencontra via linguagem o eco que ressoa no homem como uma voz que revela que o humano é possuidor do “logos”, que o caracteriza e o constitui. 

 Bibliografia Consultada

 Murcho, Desidério. Lógica, ontologia e filosofia da linguagem, 2015, 16 p.

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