Este texto foi produzido por exigência do Curso de Gestão Pública no componente curricular Desenvolvimento Ambiental Sustentável e a partir de nossos estudos podemos inferir que a vida deve ser vista
como uma realidade holística, abrangente. Faremos neste texto uma abordagem que contemple uma perspectiva ecológica sobre a nossa condição humana. A vida na Terra ocupa uma
pequena parte dela, a biosfera. Percebemos também pelos estudos e
observações que a Terra na sua totalidade se constitui como um
macroorganismo vivo. Nela constatamos a existência de um equilíbrio
muito sutil em seus elementos físico-químicos, como o oxigênio e o
carbono, que somente um ser vivo pode ter. Vimos também a relação
de interdependência entre os seres vivos e as plantas.
Os
fenômenos da natureza impactam nossa forma de compreensão do cosmo
e alguns fatores fazem nos questionar sobre a longevidade de nosso
planeta. Elementos naturais como a salinização dos oceanos, o
regime de chuvas e secas, a direção dos ventos, das correntes
marinhas e a influencia das fases da lua, mostram a singularidade de
um planeta em órbita que possui um sistema bem equilibrado desde a
sua origem, que perdura e se renova há milhões de anos,
proporcionando as condições essenciais para a vida.
Retomando
os aspectos da linguagem mitológicas ressaltado no vídeo que
apresenta a deusa grega, Gaia, como imagem para expressar o fato de a
Terra ser viva e mãe de todos os viventes. Imagem bastante cara para
os povos originários do Oriente e do Ocidente - a Terra é a Grande
Mãe – a Mãe dos mil seios, imagem da sua indescritível
fecundidade. Tal analogia vem sendo aceita e confirmada pela ciência
empírica.
Na
perspectiva de Leonardo Boff, outra imagem que vem ganhando força no
âmbito científico compara a Terra como nave espacial, pois terra e
humanidade estão em pleno voo. De modo que precisa-se constatar que
a viagem que estamos fazendo exige recursos limitados de combustível,
isto é, alimentos e tempo de transcurso.
Comparando-se
ao processo de estratificação social nota-se que apenas 1% dos
passageiros viaja na primeira classe com todo o conforto da super
abundância de meios de vida. Outros 4% dos passageiros vão de
classe econômica com recursos suficientes para todos. Mas, 95% dos
passageiros se encontram amontoados junto às bagagens passando frio
e necessidade.
Esse
é a imagem mais realista que demonstra a situação alarmante de
nosso planeta Terra. Sem nos ater as estratificações dos membros da
sociedade. Precisamos compreender que não importa a situação
socioeconômica dos passageiros, esta nave não permite diferenças
sociais, todos somos ao mesmo tempo vítima da voracidade e ganância
humana e concorremos para esgotamento dos recursos disponíveis e a
ameaça à vida. O lugar social que precisamos olhar é nosso habitat
e começar a zelar uns dos outros em busca da partilha e da
solidariedade cósmica. Pois não importa a que classe social você
pertença, que lugar você ocupa: se primeira classe, econômica ou
junto às bagagens. Nós temos um destino comum e precisamos reparar
os danos que causamos ao Planeta e os seres vivos por conta de um
progresso desenfreado de cunho neoliberal que valoriza a expropriação
dos bens e recursos naturais para satisfazer a sede de poder e
grandeza da sociedade capitalista que vivemos. Se não fizermos um
acordo de solidariedade planetária nosso destino comum será o fim
de nossa civilização e dos seres viventes.
É
necessário que o ser humano comece a enamorar a Terra e cultivar
esta relação honesta com o nosso futuro. Se não mudarmos o rumo da
história que estamos escrevendo a Terra e todos os seres viventes
serão destruídos. Não meteoros, cataclismo natural inimagináveis,
aquecimento global, mas por irresponsabilidade planetária através
das atividades humanas desenvolvidas de forma inconsequente. Segundo
Boff (2005) há duas máquinas de morte que podem destruir a
biosfera, a saber: “as armas de destruição em massa e a
sistemática agressão ecológica ao sistema Terra”.
A
ecologia vem sendo desenvolvida como o meio de reflexão sobre nossa
condição humana e permite compreender que a nossa relação com o
planeta exige a práxis da ética, nossa atuação na vida deve
harmonizar nosso habitat. Precisamos analisar criticamente as
intervenções humanas no planeta e a instaurar uma percepção de
nosso relacionamento com a biosfera. Na visão de (CAPRA, 1996) como
humanos somos parte e parcela da natureza, mas todos os seres são
interdependentes e cúmplices na preservação e co-evolução de
todos e a própria Terra como um super-organismo vivo, que na
mitologia é chamada Gaia, a Grande Mãe dos antigos, que tudo gera e
sustenta, visão esta que vem sendo ratificado pelos cientistas.
Precisamos aprender a amar a Terra como a nossa mãe, aquela que nos
deu vida e nos alimenta.
Bibliografia
Consultada
Boff,
Leonardo. Ecologia: Grito da Terra, Grito dos Pobres. Sextante, RJ,
2005
Capra. Fritjof. A Teia da Vida: uma Nova Compreensão Científica dos Sistemas Vivos CULTRIX, 1996, 256p.
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